Todos os dias, todo mundo fala o suficiente sobre amor. Mais do que o suficiente, em determinados casos. No fim das contas, “eu te amo” já não é exclusividade nenhuma. Amar parece ser um lance muito fácil, muito simples. Somos capazes de amar pessoas, bichos, coisas, lugares, sensações. O amor acabou se alojando nas entranhas dos seres humanos. Mas talvez a melhor das formas não seja, ainda, a mais lembrada. A forma mais pura.
A mais bonita de todas. A que mais se sacrifica pelo bem daqueles que são seus. Aquele amor que, de todos, é o mais puro. Perca cinco minutos do seu precioso tempo e tente pensar em quem daria a vida por você num piscar de olhos, sem nem pensar nas conseqüências. Quem se responsabilizou por você desde o momento em que você – literalmente – passou a existir. Aquela que esteve lá por você, ainda que você não estivesse sempre lá, por ela.
Pare por cinco minutos do seu precioso tempo, do seu precioso dia, da sua preciosa vida, e pergunte-se se você, por acaso, teria todas essas preciosidades, não fosse o ser mais precioso de todo o universo. Não fosse o carinho daquela criatura que, ainda que você seja um pé no saco, não responda sempre da melhor forma possível, não reaja ou aja de acordo com o que ela esperava de você, sempre esteve lá, independente de tudo.
Sua mãe, meu caro, é o único ser vivo no universo que trocaria a vida dela pela sua, se fosse esse o caso. Que enfrentaria o mundo por você, ainda que você sequer merecesse. Ainda que, muitas vezes, nem ela soubesse o que estava fazendo, e se estava fazendo direito – porque, veja bem, criar outro ser não deve ser das mais fáceis tarefas – por nenhum segundo ela fraquejou, por nenhum momento cogitou te deixar pra trás.
A sua mãe é seu único amor. O amor pra vida inteira. O anjo que permanece ao teu lado até que você possa abrir suas asas e voar sozinho. Pra longe, mas não tão longe que ela não possa alcançá-lo. O anjo que, algumas vezes, precisa partir antes da hora, porque precisa dar uma ajuda lá em cima, ao lado de Deus, mas que continua presente, ainda assim.
Portanto, não deixe de amar. Não censure seus “eu te amo” de cada dia, mas tenha a certeza de que, de todos, o maior amor do mundo ainda pertença a ela. Pessoas vêm e vão, coisas se perdem, com o tempo, se desgastam e por vezes simplesmente somem. Lugares estarão sempre lá e sensações são passageiras. Mas aquele amor que nasceu mesmo antes de você, mesmo nos nove meses em que você não a conhecia, mas ela te conhecia muito bem, aquele amor é o que você deve levar com você pra sempre. E passar para seus filhos, que serão tão seus quanto dela. Ame sua mãe sem nunca pedir nada em troca, porque é exatamente isso que ela tem feito desde o primeiro instante de toda a sua existência.
--------------
Feliz dia das Mães, só pra constar.