Você vai se desequilibrar. Vai ter dias em que você vai tropeçar nas próprias pernas, nas próprias palavras, vai se estribar todo. Você vai levar aqueles tombos que a gente nunca sabe como aconteceram, que quando foi ver já estava no chão, caído.
E geralmente, quando isso acontecer, vai ralar seu joelho, sua perna, sua cara. Vai te ralar todo. Mas o que você vai fazer? Você vai sorrir. Porque tem gente demais esperando uma queda sua pra aplaudir, e ninguém tem o direito, nem por um momento sequer, de rir de você.
Então você vai sorrir e olhar bem pra cara daqueles que esperam tua queda, sem dizer nada. Mas o recado vai ser dado. Claro, cristalino. O seu sorriso vai esfregar na cara de quem espera pra te ver no chão, que não é um tombinho a toa que vai tirar teu rebolado. Não é qualquer pedrinha no caminho. E pros poucos que te desejam o melhor, que te acompanham na caminhada, seu sorriso vai ser o suficiente pra que eles saibam que você tem a força que eles imaginam que você tenha.
Os tombos são inevitáveis. E quando você cai, você pode chorar o joelho ralado, o orgulho ferido, ou rir por ser tão estabanada, tão leve, tão suscetível a cair de vez em quando. Você pode cair e dar um motivo pra que riam de você, ou cair e fazer do seu tombo um motivo pra rir de si mesma e de quem tem tanto tempo ocioso que fica vigiando seus passos.
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